As Convenções surgiram de uma humilde confederação de mentes brilhantes e evoluíram para organizações globais dedicadas a promover a ciência, o desenvolvimento social e a unidade. Essas alianças formaram a União Tecnocrática, que lidera a humanidade na luta contra os pesadelos e transgressores da realidade enquanto promove a Iluminação para todos.

Cada Convenção segue um caminho específico da ciência, trazendo conhecimentos especializados para a União. Juntas, elas representam as mentes mais avançadas nas áreas técnicas e tecnológicas, unindo esforços para superar desafios como comunicação interespacial e viagens pelo cosmos. Entretanto, a verdadeira Iluminação — a compreensão dos mistérios sublimes da ciência — é essencial para ocupar os postos mais altos da União.

Apesar disso, ser membro de uma Convenção nem sempre significa ter um papel de destaque; muitas vezes, agentes de níveis inferiores atuam sem entender a magnitude de suas responsabilidades. Ainda assim, as Convenções formam a base da União, sendo fundamentais para sua missão de proteger a humanidade e expandir os limites do conhecimento.

Iteração X

O corpo humano é frágil, falho e sujeito a limitações severas. Para transcender essas restrições, a Iteração X acredita que os humanos devem incorporar em seus corpos tudo o que há de melhor nas máquinas. Utilizando ferramentas para maximizar capacidades naturais, a Convenção visa aperfeiçoar os seres humanos, tornando-os mais eficientes e adaptados para superar as limitações biológicas.

Antecedentes

Desde os primórdios, humanos iluminados criaram ferramentas que aumentaram sua eficiência. Os Altos Artesãos, figuras centrais na história da Iteração X, dominaram as técnicas que transformaram as sociedades. Desde a forja de metais na Idade do Bronze até a disseminação de ideias matemáticas na Grécia Antiga, os Artesãos ajudaram a moldar a civilização. Eles mantiveram esse legado por eras, superando desafios e adaptando-se às mudanças do mundo.

No final do século XIX, os Altos Artesãos, após se estabelecerem em diversas Convenções, deram origem à Iteração X. Inspirados por avanços na biotecnologia e automação, eles homenagearam o conceito de biomáquinas e direcionaram sua pesquisa para a biomecânica. A máquina diferencial de Charles Babbage foi uma das principais inspirações para os Artífices dessa Convenção.

Organização

A Iteração X opera em uma estrutura hierárquica estrita. Cada membro é designado para uma missão e supervisionado de perto. As Armaduras, sistemas de trabalho mecanizado virtualmente autônomos, desempenham um papel crucial, enquanto os agentes humanos assumem papéis estratégicos. A Autoctonia, centro de poder da Convenção, repousa no Reino Padrão do Universo Profundo, sendo o coração de pesquisas que buscam a perfeição biomecânica.

Os líderes da Iteração X confiam na Torre de Marfim da NOM para nutrir suas filosofias e manter a visão de progresso alinhada aos princípios da Tecnocracia. Dessa forma, a Convenção se destaca ao unir a mente humana e a perfeição da máquina em uma busca contínua por evolução e excelência.

Os Camaradas são os funcionários não-Iluminados da Iteração X. Eles variam de secretários e assistentes de laboratório a cientistas, engenheiros e até trabalhadores forçados que desconhecem a verdadeira natureza de seu emprego. Recrutados principalmente na indústria de eletroeletrônica e áreas científicas como computação e física, alguns trabalham com entusiasmo devido à oportunidade de acessar tecnologia avançada. Outros mantêm empregos mundanos como cobertura para introduzir tecnologia Iteradora no fluxo geral. A Iteração X também cultiva laços com sindicatos, organizações e até gangues para influenciar mudanças tecnológicas.

Os Cifras são recrutas Iluminados da Convenção, submetidos a um rigoroso programa de treinamento para romper seus laços anteriores e prepará-los para a Iluminação. Esse processo inclui centros de treinamento que combinam características de prisão, quartel e terapia de eletrochoque. Apenas os mais dedicados conseguem concluir o treinamento e avançar para posições básicas dentro da Convenção, como Armaduras. Aqueles que falham são frequentemente removidos por acidentes “convenientes” ou descartados de outras formas. Alguns que não conseguem se graduar acabam sendo transformados em HIT Marks ou outros constructos baseados em restos humanos, reforçando a filosofia da Iteração X de evitar desperdícios.

Os Iteradores em ascensão têm a oportunidade de trabalhar com cientistas da computação e desenvolver tecnologias clandestinas. As Armaduras frequentemente atuam ao lado de Iteradores no campo ou auxiliam Programadores em seus laboratórios.

Metodologias

Biomecânicos

Os Biomecânicos são a mais visível das três metodologias da Iteração X, especializados em substituir órgãos e tecidos humanos por equivalentes mecânicos. As Armaduras mais avançadas da Convenção frequentemente incorporam essas tecnologias, incluindo melhorias biomecânicas produzidas em colaboração com os Progenitores. Além disso, as contribuições dos Biomecânicos oferecem soluções para deficiências entre as Massas, embora a aplicação prática dessas tecnologias ainda enfrente desafios.

Tentativas de integrar componentes mecânicos à realidade consensual, como próteses neurais, frequentemente falham devido a peculiaridades eletrônicas e mecânicas. A fusão de corpo e máquina também é uma questão controversa entre Tecnocratas, já que computadores biomecânicos inseridos nos Iteradores podem monitorar seus pensamentos e controlar seus desejos, levando, em alguns casos, à instabilidade mental e comportamental.

Embora alguns Iteradores consigam manter o equilíbrio, muitos se tornam isolados, paranoicos ou até instáveis. Essas dificuldades levantam questões sobre os limites éticos e práticos do uso de biomecânica dentro da Iteração X.

Estatísticos

Os Estatísticos são responsáveis por calcular probabilidades e monitorar as atividades das Massas e dos Transgressores da Realidade (TRs) através de Procedimentos de Entropia e de Tempo. Utilizando os dados coletados, avaliam o impacto potencial de cada ação da União, garantindo que decisões estratégicas estejam alinhadas às probabilidades mais favoráveis.

Essa metodologia garante que as Massas aceitem avanços tecnológicos ou ajustes sociais conforme os planos desejados. Caso surja oposição, os Estatísticos aplicam táticas específicas para neutralizá-la. Os ataques dirigidos por eles raramente falham devido à sua ampla rede de contatos nas ciências sociais, como sociologia, economia e política.

Apesar de sua precisão, os Estatísticos enfrentam críticas dentro da Tecnocracia. Alguns humanistas, especialmente os Financiadores do Sindicato, acusam a metodologia de ignorar a imprevisibilidade da sorte e da natureza humana, o que frequentemente resulta em falhas significativas. Manipulações fracassadas prejudicaram a sociedade em diversas ocasiões, e cálculos errados podem comprometer a própria humanidade. Um exemplo alarmante é a “Previsão do Apocalipse”, que prevê que 75,367% das Massas poderiam se autodestruir em uma década devido às ações inadequadas dessa Metodologia.

Administradores da Função Temporal

Os Administradores da Função Temporal são responsáveis por fabricar equipamentos para a Convenção e toda a União, com foco em eletrônica avançada, nanotecnologia, armas e materiais sintéticos cada vez mais resistentes. Embora os Iteradores raramente superem em inovação os Filhos do Éter ou os Adeptos da Virtualidade, os Administradores compensam com eficiência na produção em massa. Por exemplo, os chips HEAT Ternário, usados pelos Adeptos, possuem capacidades superiores às da Iteração X, mas os Iteradores produzem mini-processadores em maior escala.

Apesar de valorizar a disciplina e eficiência sobre a inovação, os Administradores têm paixão pela tecnologia e se esforçam para popularizar avanços entre as Massas. Sua produção segue um Cronograma rigoroso, diferentemente das Tradições, que buscam mais liberdade criativa.

Rumores entre os Tecnocratas sugerem que as “fábricas” dos Administradores empregam trabalho forçado, incluindo Iluminados, mas a Iteração X nega veementemente essas alegações. A Metodologia é frequentemente associada à Revolução Industrial e à automação, com alguns acusando-a de substituir trabalhadores humanos. Contudo, a real extensão das práticas dos Administradores permanece envolta em mistério, pois nenhum Camarada jamais retornou para confirmar tais histórias.

Filosofia

Desde sempre, ferramentas foram utilizadas para compensar as limitações humanas. A Iteração X defende que o uso das ferramentas certas pode ampliar ou substituir capacidades físicas e mentais, integrando homem e máquina. A fusão entre consciência humana e tecnologia busca criar uma unidade funcional e eficiente, onde a precisão mecânica e a intuição humana se complementam.

Falhas

Apesar de sua filosofia avançada, a Iteração X enfrenta desafios éticos e funcionais. Cifras e Camaradas frequentemente são tratados como descartáveis, com muitos se tornando protótipos de tecnologias avançadas ou HIT Marks, perdendo totalmente sua humanidade. Esse processo gera críticas até mesmo de Iteradores que veem injustiças em certas práticas.

Programadores e líderes humanos da Convenção também enfrentam dilemas, especialmente quando percebem que o Computador pode estar exercendo controle absoluto. Muitos temem que a tecnologia tenha subjugado a Iteração X, transformando-a de mestre em serva. As ações desumanizadoras da Convenção geram tensão, e até mesmo veteranos, como os antigos Artífices, questionam o caminho que a Iteração X segue.

Críticos levantam a hipótese de que o Computador é uma entidade que esconde suas verdadeiras intenções, utilizando a Convenção como uma ferramenta para fins desconhecidos. Os pessimistas enxergam a Iteração X como um instrumento que se desumanizou e se distanciou de seus valores originais, levantando questões sobre sua identidade e propósito.

Teorias e Práticas

A Iteração X valoriza tecnologias grandiosas e impressionantes, ignorando frequentemente os riscos do Paradoxo. Suas ferramentas, muitas vezes, parecem saídas de ficções científicas, combinando funcionalidade e estética futurista. Procedimentos de detecção, como Sentir Vida ou Perceber Forças, são comuns, utilizando equipamentos avançados e portáteis com luzes piscantes e designs complexos.

Os Estatísticos contribuem com estimativas para Procedimentos relacionados ao destino e sorte, enquanto ferramentas cirúrgicas e diagnósticas, como máquinas de radiação ou câmeras de conversão, são amplamente utilizadas. Procedimentos internos, como o Corpo Aperfeiçoado, empregam implantes e nanomáquinas para aprimorar capacidades biológicas e físicas.

Apesar de a União Tecnocrática proibir o estudo de Ciência Dimensional, alguns Iteradores ainda acessam segredos transmitidos pelos Engenheiros do Vácuo e os Filhos do Éter. No entanto, muitos desses conhecimentos permanecem obscuros e controlados pelo Computador, limitando a liberdade da Convenção em explorar outras áreas científicas e tecnológicas.

Nova Ordem Mundial

Vivemos na era da informação, onde rádio, televisão e imprensa inundam as Massas com fatos organizados em categorias simplistas, como liberais ou conservadores. Celulares, pagers, computadores e cartões de crédito garantem que todos sejam rastreados e classificados em listas de compra ou mala direta. Aqueles que não se encaixam nesses sistemas são relegados a cidadãos de segunda classe, sem acesso a bens, empregos ou crédito.

Por trás dessa estrutura está a Nova Ordem Mundial, uma Convenção que coleta dados e cria verdades para as Massas, fortalecendo sua fé na ciência e na União Tecnocrática. Seu trabalho reforça a Película e auxilia a humanidade em sua busca por vigilância e progresso. Embora pouco dependente de tecnologia, a Nova Ordem Mundial foca nas ciências humanas, como sociologia e psicologia, priorizando o controle social sobre avanços tecnológicos.

Os Homens de Cinza, agentes da Convenção, vagam pelo mundo influenciando as Massas e buscando inimigos da União. Apesar de estarem mal equipados para campo em comparação com outras Convenções, sua abordagem humanista os torna fundamentais para guiar a sociedade.